21 agosto 2009

POR TERRAS DO RIO DOURO




O rio Douro, nasce em Espanha, nos picos da serra de Urbión, (Sória), a 2080 metros de altitude, é o segundo rio mais extenso da Penísula Ibérica e tem a sua foz na costa atlântica, na cidade do Porto. O seu curso tem o comprimento total de 850 Km. Desenvolve-se ao longo de 112 Km de fronteira portuguesa e espanhola e de seguida 213 Km em território nacional. A sua altitude média é de 700 metros. No início do seu curso é um rio largo e pouco caudaloso. De Zamora à sua foz, corre entre fraguedos em canais profundos. O forte declive do rio, as curvas apertadas, as rochas salientes, os caudais violentos, as múltiplas irregularidades, os rápidos e os inúmeros "saltos" ou "pontos" tornavam este rio indomável.

Aproveitando o elevado desnível, sobretudo na zona do Douro Internacional, onde o desnível médio é de 3m/km, a partir de 1961, foi levado a cabo o aproveitamento hidroeléctrico do Douro. Com a construção das barragens, criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas, que vieram incentivar a navegação turística e recreativa, assim como a pesca desportiva. Excluindo-se os períodos de grandes cheias, pode dizer-se que o rio ficou domado definitivamente.

No troço nacional do Douro, a instalação de eclusas em paralelo com as barragens hidroeléctricas permitiu a criação de um canal de navegação fluvio-marítima.

No seu curso, entre Bemposta e picote, pode ser visto, nas suas águas espelhadas, tudo o que rodeia este ambiente: as nuvens, o sol, (que queima os olhos, reflectido na água), os montes, as fragas, as aves (patos, garças, águias, abutres, gaivotas). Nas fragas mais altas podem ser vistas aves de rapina, guardando os seus ninhos.

Por outro lado, no rio, espécies indígenas, como o escalo, a enguia e a truta, têm sido dizimadas ou pela pesca à rede descontrolada e/ou pela modificação das condições ambientais (parte do ano estão perto do limite de resistência de algumas espécies). Após a construção da barragem, foi feita a introdução da carpa que, podendo atingir acima dos 20kg, tem a propriedade de se alimentar de tudo, fazendo a limpeza das barragens mesmo em condições precárias de oxigenação das águas. Mais recentemente, surgiram o achigã, a perca, o lúcio (peixes carnívoros) e o lagostim-vermelho, (todos eles originários de outros países). Pode ainda encontrar-se, com abundância, a boga, o barbo e até mexilhão (idêntico ao do mar).

Porém, passar junto a fragas gigantes, tingidas de várias tonalidades, pela separação de fragmentos de rocha, causadas por dilatações e contracções bruscas, motivadas pelo clima, é esmagador.

Viajando até junto do rio Douro, que serpenteia entre arribas, pode ver-se onde vivem e/ou nidificam abutres, grifos, águias, pombos bravos, andorinhas, etc., e nas ladeiras do mesmo, a perdiz, a rola, o estorninho, o melro, o papa figo, etc.

Dentro das matas de zimbros, estevas, carvalhos, sobreiros, pinheiros e outras variedades de vegetação das encostas do Douro, pode ainda encontrar-se espécies cinegéticas, que são uma das maiores riquezas naturais da região: o corso, o coelho, a raposa, o texugo, a gineta, etc.

O Rio Douro foi, e é, uma fonte de riqueza para a região. Antigamente fazia mover azenhas que se espalhavam nas suas margens, permitia a pesca, irrigava campos ou enchia poços para depois regar as melhores hortas de Bemposta, existentes perto deles, onde se cultivavam as novidades e as árvores de fruto, base de sustento das populações. Mais tarde, com o aproveitamento hidroeléctrico, Bemposta passa a contribuir para a riqueza nacional, distribuindo energia eléctrica ao país. Proporcionou também maior abundância de peixe, através das albufeiras, criando alguns postos de trabalho com a pesca profissional, a que se dedicaram algumas famílias.

Fonte: Wikipédia

5 comentários:

  1. Obga. por este excelente vídeo.
    Que belas margens do rio Douro, assim como toda a paisagem envolvente.

    Bom fds. desejamos com um abraço
    Mer

    ResponderEliminar
  2. Gostei muito de conhecer este espaço... delicada construção, cheia de sentimento, onde as palavras merecem ser lidas

    Parabéns
    Luis

    ResponderEliminar
  3. Olá Céu!

    Estou a ver que este verão anda a passear por terras lindíssimas! Confesso que há anos que não vejo o Douro, pelos lados de Trás-os-Montes, mas ando a ver se vou passear de barco no dia do aniversário do meu casamento. Vamos lá ver se consigo ir...

    Na semana passada fui para aí (Aveiro) mas não tive grande sorte com o tempo...de qualquer modo fomos à Festa do Bacalhau, onde comi belissimos pratos de bacalhau e fiz questão de trazer os famosos ovos moles para a família provar(há anos que não comia... e como são bons!).

    Uma boa semana para ti e continuação de bons passeios!

    Susana

    ResponderEliminar
  4. QUERIDA CÉU, MARAVILHOSAS FOTOS E UM MAGNIFICO TEXTO... ESTÁS DUPLAMENTE DE PARABÉNS... ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
    FERNANDINHA

    ResponderEliminar
  5. Já tive a oportunidade de ver este maravilhoso vídeo no YouTube, e acho-o fantástico. Como te disse fui até à Régua no Rio Douro de barco e para cá viemos de comboio, mas o passeio que vocês fizeram deve ter sido muito mais bonito, porque puderam desfrutar dessas belas paisagens no próprio local e fazer estas lindas imagens.
    Um grande beijinho repleto de carinho.

    ResponderEliminar