Saberás a razão de eu partir
quando de mim
te restar, apenas,
a ausência.
Sentirás o gosto da minha partida
no ranger do soalho
coberto de pó
e na debilidade
da cor das paredes, outrora,
emolduradas.
Com o passar dos dias
regressará o silêncio quebrado,
unicamente,
pela pressão dos teus passos.
Aperceber-te-ás então do seu peso
e lerás nos vestígios
que atrás deixei
o rasto de alguém
que partiu, decididamente,
magoado.
( Florbela Ribeiro )
A partida machuca como a música em noite solitária! abraços
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